Se você está começando a tocar e acha que precisa dominar dezenas de acordes para tirar um som legal, pode respirar tranquilo. Existem muitas músicas famosas para piano que usam apenas dois acordes — e o melhor: soam muito bem mesmo nas versões simplificadas!
Neste guia, inspirado em uma aula do professor Milo Andreo, você vai aprender 10 exemplos práticos (metade nacionais, metade internacionais) para treinar ritmo, coordenação e mudança de acordes de um jeito divertido.
Por que tocar músicas simples é tão importante?
Antes de tudo, vale lembrar: a prática é o segredo de todo bom músico. Começar com músicas famosas para piano que usam poucos acordes é a maneira perfeita de treinar o ouvido e desenvolver o senso de tempo — sem sobrecarregar a cabeça com teoria demais.
Quando você toca músicas conhecidas, o aprendizado se torna prazeroso, porque o resultado aparece logo. E isso aumenta a motivação para continuar evoluindo.
1. A mina do condomínio – Natiruts
Essa é uma das queridinhas dos iniciantes. Ela usa apenas sol maior (G) e dó maior (C).
Monte o G com as notas sol–si–ré e o C com dó–mi–sol.
Por ser um reggae, o ritmo é marcado: toque primeiro a mão esquerda (nota fundamental) e depois a mão direita (acorde completo), criando a batida um, dois, três, quatro.
Dica: entre no Cifra Club, procure a música e toque acompanhando a letra. É ótimo para treinar o tempo e o encaixe da harmonia com o canto.
2. Johnny B. Goode – Chuck Berry
Um clássico do rock’n’roll que também entra na lista de músicas famosas piano com dois acordes: dó maior (C) e sol maior (G).
Aqui, o ritmo é mais enérgico, lembrando o blues. Use a mão esquerda para fazer a oitava da nota dó (tocando dó embaixo e dó acima ao mesmo tempo) e mantenha a mão direita repetindo o acorde no tempo 1-2-3-4.
Se quiser deixar mais interessante, toque em duas oitavas diferentes, alternando entre o grave e o agudo. Isso simula o estilo de acompanhamento típico dos pianistas de blues.
3. Pétala – Djavan
Com apenas dó maior (C) e sol maior (G), essa música é perfeita para treinar trocas rápidas.
Toque cada acorde quatro vezes e depois mude. Se quiser algo mais dinâmico, dobre o ritmo: 1-2-3-4 duas vezes por acorde.
O segredo aqui é não travar entre uma troca e outra — mantenha o pulso constante e a música vai fluir.
Quer entender como manter o ritmo certo em todas essas músicas e nunca mais se perder no tempo? Então leia também: O que é tempo na música e por que ele é tão importante para você tocar melhor.
4. W/Brasil – Jorge Ben Jor
Nessa música, a sequência é dó maior (C) e fá maior (F).
O ritmo tem um balanço característico: toque uma vez o dó, depois duas vezes o fá, mantendo o padrão 1-2-3-4.
Esse tipo de levada é ótimo para começar a trabalhar independência das mãos, já que o baixo pode ficar contínuo enquanto a mão direita marca o ritmo do acompanhamento.
5. Lourinha Bombril – Paralamas do Sucesso
Aqui você usa sol maior (G) e fá maior (F).
O tempo da música é mais rápido, então o desafio está em manter o pulso firme. Toque 1-2-3-4 no sol, depois 1-2-3-4 no fá, repetindo o ciclo.
Essa combinação aparece em várias outras músicas famosas piano, então dominar essa troca vai facilitar muito seu progresso.
6. Acima do Sol – Skank
Dois acordes que soam lindamente juntos: lá menor (Am) e sol maior (G).
Toque quatro vezes cada um, mas ao repetir o ciclo, dobre a batida na última repetição da mão direita — isso ajuda a criar variação rítmica e aproxima o som da gravação original.
Essa música é ótima para treinar transições entre acordes menores e maiores, o que abre caminho para tocar repertórios mais elaborados depois.
7. Uptown Funk – Mark Ronson feat. Bruno Mars
Aqui entram mi menor (Em) e sol maior (G).
Se quiser deixar o som mais moderno, use a inversão de Em (sol–si–mi) e mantenha o G normal (sol–si–ré).
O groove dessa música é marcado, quase dançante. Toque o acorde e solte rapidamente, criando aquele efeito “staccato”, típico do funk e do pop.
8. Riders on the Storm – The Doors
A sequência é simples: mi menor (Em) e lá maior (A).
O ritmo aqui é mais livre, com um toque de blues. Trabalhe a fluidez, alternando os acordes no tempo 1-2-3-4, e se quiser, experimente adicionar o pedal de sustain para dar mais profundidade.
9. Te Ver – Skank
Dessa vez os acordes são lá maior (A) e si menor (Bm).
A batida é de reggae, então toque a mão direita nos tempos fracos — dois e quatro — e mantenha a esquerda marcando o baixo. Esse estilo ajuda a melhorar sua percepção de tempo e é excelente para desenvolver ritmo.
10. Moves Like Jagger – Maroon 5
Aqui você usa si menor (Bm) e mi menor (Em).
O padrão rítmico é repetitivo, ideal para praticar constância: 1-2-3-4 duas vezes em cada acorde.
Essa é uma das músicas famosas piano mais divertidas de se tocar porque tem energia e combina muito bem com acompanhamento eletrônico.
Como tirar mais proveito dessas músicas
Para aproveitar melhor essas 10 músicas, siga estas dicas:
- Toque junto com a música original — isso vai ajudar seu ouvido a se adaptar à velocidade e ao ritmo real.
- Grave-se tocando — ouvir depois é a melhor forma de perceber se o tempo está firme.
- Alterne oitavas — toque os mesmos acordes em regiões diferentes do teclado para variar o som.
- Brinque com a dinâmica — toque mais forte nos refrões e mais suave nas estrofes.
E o mais importante: divirta-se! Tocar piano não precisa ser complicado. Quanto mais você se diverte, mais o cérebro aprende.
Conclusão
Essas 10 músicas mostram que é totalmente possível começar com o pé direito no piano sem se perder em teoria.
Cada uma delas treina ritmo, coordenação e percepção auditiva — pilares fundamentais para qualquer instrumentista.
Com o tempo, você vai perceber que os acordes se repetem em várias músicas, e isso torna o aprendizado exponencial. O segredo é consistência: pratique um pouquinho todos os dias e logo estará tocando com naturalidade.
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