Aprender teoria musical é mais fácil do que você acha, sabia? Parece um tédio, mas muitas das dúvidas que temos quando queremos aprender um instrumento surgem exatamente por falta de conhecimento teórico. Há alguns conceitos essenciais que quando você aprende, a vida fica muito mais simples.
Por isso, nesta lição vou te ensinar estes tópicos super importantes. Só coisas úteis, práticas, e sem enrolação. Vou te dar todas as ferramentas que você precisa para tornar o seu aprendizado fácil, eficiente, e, acima de tudo, para que você continue se divertindo com os estudos e a prática.
E para você praticar tudo o que aprender nesta aula, preparei um Workbook com exercícios, que você pode baixar aqui.
E você pode acompanhar a aula por vídeo aqui:
Teoria Musical – Partitura
Vamos começar olhando para a famosa partitura, que é uma das primeiras coisas que as pessoas pensam quando o assunto é teoria musical. Ela é composta por 5 linhas, que são chamadas de pauta, que você também pode ouvir chamarem de pentagrama. É a mesma coisa.
O nome penta vem das 5 linhas disponíveis, e entre estas 5 linhas, temos 4 espaços:
Esta disposição de linhas versus espaços é bem importante, como veremos logo mais.
Claves
Para podermos determinar as notas que iremos colocar nas linhas e espaços, precisamos de uma figura que vem logo no começo da pauta, que se chama clave.
A clave determina a família das notas que estarão dispostas na pauta.
Temos algumas claves diferentes, mas nesta aula de teoria musical vamos usar duas delas para que você entenda a lógica, que são a clave de Sol e a clave de Fá:
Clave de Sol
A clave de Sol começa na segunda linha de baixo para cima, na pontinha dentro da “barriga” da clave. Você pode notar que é nesta segunda linha que fica a nota Sol.
Para termos mais uma referência, você pode observar que logo embaixo da pauta há uma linha com uma bolinha (que também é conhecida como elipse, mas bolinha é mais fácil). E esta é a nossa nota Dó, a primeira das famosas sete notas musicais.
Então a primeira nota, Dó, aparece em uma linha, e a próxima, Ré, vem no espaço logo acima. Aqui você vê aquela disposição entre as linhas e os espaços que comentei antes.
Se uma nota está em uma linha, a próxima nota fica no espaço acima, e depois a próxima vem na linha logo acima do espaço. E assim você vai subindo a escala: uma nota na linha – uma nota no espaço – uma nota na linha – uma nota no espaço.
Clave de Fá
Aqui faremos semelhante à clave de Sol, mas ao contrário: ao invés de contarmos as notas subindo (Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si), agora iremos em ordem descendente: Dó – Si – Lá – Sol – Fá – Mi – Ré, de cima para baixo na pauta:
Dó Central
A união entre as duas claves se dá justamente pelo Dó, aquela referência que vimos na clave de Sol. Aquele é o mesmo Dó que aparece na clave de Fá, mas dessa vez – ao contrário da clave de Sol – logo acima da pauta.
Para todos os efeitos, este é o nosso Dó central, pois ele está no meio das duas claves. Então podemos enxergar a partitura deste modo:
Linhas Suplementares
E a partitura não fica restrita às linhas da pauta. Você já deve ter percebido que podemos continuar e traçar linhas acima ou abaixo, que são as linhas suplementares:
Sinais Mais Importantes na Partitura
Continuando nosso aprendizado de teoria musical, para conhecermos os principais elementos e sinais da partitura, vamos falar um pouco sobre o tempo musical.
Este é um assunto de grande importância.
Se você toca uma música com notas erradas mas no tempo certo, o ouvido reconhece. Agora, se você toca as notas certas no tempo errado, pode ficar mais difícil de entender qual é a canção tocada.
E na partitura, todas as notas e pausas são representadas pelo seu tempo de duração. Estas representações são o que chamamos de figuras musicais.
Cada uma destas figuras é caracterizada pelo tempo que você vai segurar a nota. Vamos dar uma traduzida nesta tabela.
Para cada ‘Nome’, temos duas figuras: a de som e de silêncio. A figura de som é a nota tocada, enquanto a de silêncio é a chamada pausa, onde não se toca nada.
A ‘Duração’ se refere, a grosso modo, à quantas “notas por segundo” você toca (aqui o “segundo” não é uma medida oficial nem formal, e sim uma maneira mais fácil de entendermos). Ou seja, uma Semibreve é uma nota ou pausa que dura “quatro segundos”, enquanto a Semifusa é uma nota ou pausa 1/16 de um segundo. Isso mesmo, em 1 tempo são 16 notas tocadas. Fica menos assustador quando percebemos que o 1 tempo não vale igual a 1 segundo, o que a gente vai entender melhor mais para frente.
Nomenclatura das Figuras
Agora, vamos dar uma olhada nas figuras em si.
Elas podem ter até três partes.
A cabeça representa a nota em si, e é onde você irá colocar a nota na linha ou espaço da pauta. Ela pode ser totalmente preenchida, ou ter o interior branco, como entre uma mínima e uma semínima, vide tabela.
A haste liga a cabeça ao colchete. A quantidade de colchetes diz respeito a qual figura a nota vai ser, indicando a duração da nota.
E uma outra regra da escrita: quando temos duas ou mais figuras com colchetes em sucessão, uma logo após a outra, elas são conectadas, e quanto mais colchetes tiver a nota, vamos acrescentando mais traços nas ligações entre as figuras.
Ponto de Aumento
Você ter notado na tabela que todas as figuras que vimos são valores pares. Como representamos uma nota que dura 3 e não 2 ou 4 tempos? Usando o ponto de aumento, que nada mais é do que um pontinho que vai do lado da nota, que aumenta metade do valor da figura.
Em cima temos uma mínima, que vale 2 tempos. Quando acrescentamos o ponto de aumento, ela passa a valer 2 mais a sua metade, que é 1, sendo assim 3 tempos.
Ponto de Diminuição
O ponto de diminuição indica que a nota será mais curta, mas só na execução. Ou seja, ao invés de deixar a nota soar, você toca ela de modo breve, e o som fica “seco”, sem se prolongar. Ele também é conhecido como staccato, e na partitura é representado por um pontinho embaixo da figura.
Ligadura
Este símbolo é usado quando somamos a duração de uma nota com a duração da próxima.
Neste caso, você vê a ligadura entre uma semínima e outra. Isto quer dizer que você toca a primeira e deixa soar pelo tempo da segunda.
Sendo assim, usamos a ligadura, e a nota se prolonga para o próximo compasso, e eu não toco a outra semínima, ela faz parte da duração da primeira.
Essas barras do meio são chamadas de barras de compasso, e a gente já vai falar sobre isso. Neste caso da imagem acima, eu quero que a segunda semínima dure para além de 1 tempo, e para o próximo compasso.
Compasso
Agora que já temos as figuras, precisamos de uma regra para organizá-las na partitura. Para isso, usamos o conceito chamado de compasso.
São dois tipos de compassos: o compasso simples, e o compasso composto.
E esses dois tipos são divididos em três categorias: o binário, o ternário e o quaternário
Eu posso ter um compasso simples binário, ternário ou quaternário; e eu também posso ter um compasso composto binário, ternário ou quaternário.
Lembra das barras de compasso que vimos antes? Elas dão limite ao compasso na pauta da partitura.
O binário significa que eu terei apenas duas notas em um compasso, com a primeira forte (F) e a segunda fraca (f). A contagem fica: 1-2 – 1-2 – 1-2…
No compasso ternário, são três notas, com a primeira forte e as outras duas fracas. 1-2-3 – 1-2-3 – 1-2-3…
Por fim, no quaternário, quatro notas. A primeira é forte; a segunda é fraca; a terceira, meio forte/meio fraca; e a quarta sendo fraca. 1-2-3-4 – 1-2-3-4 – 1-2-3-4….
Sendo assim no binário tenho duas notas entre as barras, no ternário, três, e no quaternário, quatro. O quaternário, inclusive é o mais comum na música popular, o famoso 4/4 (quatro por quatro).
Fórmulas de Compasso
Logo no começo da partitura você irá notar alguns números, representando uma fração matemática.
Esta é a fórmula que determina a regra que você usará nos compassos. O número de cima representa as notas que cabem dentro de um compasso, e o de baixo diz respeito à duração do compasso.
Acidentes
Temos também o que conhecemos por acidentes musicais, e dentre eles, os mais populares são os bemóis (b) e sustenidos (#).
Entre a nota Dó e a nota Ré – assim como entre outras notas – há uma terceira (ou segunda ;)) nota, que pode ser tanto um Dó sustenido ou Ré bemol. A diferença entre eles é o ângulo por onde você olha o teclado. O sustenido, subindo o teclado, e o bemol, descendo.
Olhando em um piano, por exemplo, se eu estou subindo (olhando da esquerda para a direita), a tecla preta que vem depois do Dó é um Dó sustenido. Depois do Ré, um Ré sustenido; depois do Fá, um Fá sustenido, e assim em diante.
Se eu estou descendo (da direita para a esquerda), então o que vem antes do Mi, por exemplo, é um Mi bemol, assim como a tecla preta antes do Ré é um Ré bemol.
Logo, a diferença entre o Ré sustenido e o Mi bemol ocorre na maneira em que se olha para o teclado, pois é sonoramente a mesma nota.
No piano é fácil de visualizar, pois são sempre as teclas pretas, mas a lógica vale para todos os instrumentos melódicos.
Dentre os diferentes acidentes o que se diferencia é o bequadro, que não altera o tom. Ele aparece nas partituras quando há por natureza, na pauta, uma alteração do tom de uma nota – fá, por exemplo – e há um fá específico que precisa ser tocado sem ser alterado.
Teoria Musical – Tom e Semitom
Este é um ouro assunto muito importante para entendermos melhor a teoria musical.
Como vimos, entre o Dó e o Ré há uma nota no meio, que pode ser tanto um Ré bemol quando um Dó sustenido.
Entre o Dó e o Dó sustenido há uma distância de um semitom.
Já entre o Dó e o Ré, a distância é de um tom, e com isto, um tom é igual a dois semitons. Dá até para comparar matematicamente mesmo: o semitom vale meio tom (1/2), e o tom vale 1. Meio tom + meio tom = 1 tom.
A menor distância entra uma nota e outra é o semitom, e quando tenho dois semitons, tenho um tom.
Pra ficar fácil de visualizar, vamos olhar para as sete notas musicais e os espaços entre elas:
Em vermelho, vemos as distâncias de tom (T) e semitom (ST). Entre o Dó e o Ré, a distância é de um tom, com o Dó# no meio, e assim em diante, sem notas adicionais entre Mi e Fá, nem entre Si e Dó, onde a distância é de 1 semitom, ou meio tom, tanto faz.
Teoria Musical – Intervalos
E este papo de tom e semitom é super importante para entendermos os intervalos. O intervalo é justamente o espaço entre uma nota e outra. Veremos aqui os intervalos a partir da nota Dó.
Note na imagem que temos dois tipos: o simples e o composto.
Se eu tenho um espaço de dois tons entre Dó e Mi, tenho um intervalo de terceiro grau, ou mais conhecido como uma terça relativa; entre Dó e Sol, o intervalo é de quinto grau, ou a quinta relativa. E o mais famoso: entre um dó e o próximo dó, temos uma oitava. As notas ‘numeradas’ são relativas à fundamental.
Da oitava em diante, as próximas notas fazem parte do intervalo composto.
E para ficar fácil de memorizar, pensando que depois da oitava todas as notas são repetições, você pode observar o seguinte:
Estes são os graus semelhantes. A nona relativa é a mesma nota que a 2a relativa, só que uma oitava acima. Assim como os outros exemplos da imagem, e todas as repetições das outras notas relativas em diferentes oitavas.
Ainda nos intervalos, cada um dos graus tem suas variações também.
Usando a nossa querida escala de Dó maior como referência, vamos olhar para os sobrenomes das notas. Na imagem, você vê que há duas famílias: as Maiores e as Justas.
Dentro das famílias das notas maiores, temos também variações, sendo a mais comum a das menores. A diferença entre uma nota maior e menor é simplesmente de meio tom (ou 1 semitom) para trás, ou seja, bemol. Na prática, isso que dizer que, na escala de Dó, a 2ª menor é o Ré bemol, a 3ª menor, um Mi bemol, e assim em diante.
Já as notas justas têm como mais comuns as variações aumentadas e diminutas, sendo novamente uma diferença de meio tom. As diminutas são meio tom para trás, e as aumentadas são meio tom para frente.
Então neste nosso exemplo de Dó, uma 4ª diminuta é um Fá bemol (o famoso Mi), enquanto uma 5ª diminuta é um sol bemol.
Já uma 4ª aumentada é um Fá sustenido, e a 5ª aumentada é um Sol sustenido.
Teoria Musical – Escalas
Uma vez em que entendemos a relação dos intervalos entre as notas, podemos olhar para as escalas. Este é um conceito de teoria musical que chama muito a atenção de qualquer um que está aprendendo teoria musical e um instrumento. As duas principais são chamadas de escala maior e escala menor.
Escalas Maiores
Olhando para a escala de Dó maior, temos a seguinte disposição:
Você deve ter notado que já vimos esta escala antes quando falamos de tom e semitom. E é isso mesmo, as conhecidas sete notas musicais compõem a escala maior de Dó.
Entre Dó e Ré, temos um tom; entre Ré e Mi, mais um tom; entre Mi e Fá, um semitom; de Fá para Sol há um tom de distância, e também um tom entre Sol e Lá, um tom entre Lá e Si; e, por fim, entre o Si e o Dó temos um semitom.
Esta disposição Tom-Tom-Semitom-Tom-Tom-Tom-Semitom, ou T-T-ST-T-T-T-ST, pra ficar mais fácil, é a fórmula de uma escala maior, e você pode usá-la para fazer a escala a partir de qualquer nota, seguindo sempre estes intervalos.
Escalas Menores (ou Relativas)
As escalas menores são chamadas de escalas relativas, pois precisam de uma escala maior para existirem. Uma escala menor só existe se há uma escala maior que é a relativa dela.
E esta escala relativa é sempre a nota do 6º grau da escala maior. Se olhar naquela tabela dos intervalos simples e compostos, verá que o sexto grau na escala de Dó maior é o Lá.
Logo, a escala relativa de Dó maior é a de Lá menor. Uma outra referência que você pode ter é que, se a fundamental for Lá, a respectiva terça menor será o Dó.
E a escala menor é uma cópia fiel à sua relativa escala maior, o que quer dizer que entre as escalas que vimos, Dó maior e Lá menor, são as mesmas notas. A diferença ocorre por onde começa a escala, a de Dó começa em Dó, e a de Lá começa em Lá 😃
Esta escala menor que vimos é conhecida como a escala menor natural. Por quê? Pois além dela, temos outros dois tipos de escalas menores, onde a diferença irá ocorrer na variação de algumas notas apenas.
Escala Menor Harmônica
Em relação à escala maior relativa, a escala menor harmônica sofre mais uma alteração, desta vez no sétimo grau.
Nesta imagem você vê que, na escala de Dó maior, a partir do sexto grau você começa a escala menor natural de Lá. E dessa escala de Lá menor, o sétimo grau sobe meio tom, passando a ser uma nota sustenida, configurando-se assim em uma escala menor harmônica.
Escala Menor Melódica
E além da menor harmônica, temos a escala menor melódica. Esta possui duas diferenças em relação à escala menor natural: o sétimo grau, como na menor harmônica, é sustenido; e também o sexto grau sofrerá a mesma alteração e será sustenido, assim:
Então, para ficar fácil de visualizar, nós teremos as seguintes fórmulas:
Escala Maior: T-T-ST-T-T-T-ST
Escala Menor Natural: T-ST-T-T-ST-T-T
Escala Menor Harmônica: essa começa igual à escala menor natural, mas quando chegar no quinto grau, a próxima nota estará 1 tom e meio (Tom + Semitom) à frente, com mais um semitom para chegar ao Lá final.
Escala Menor Melódica: novamente, começando igual às outras escalas menores, porém do quarto para o quinto grau a distância é de um tom inteiro, e, como na menor harmônica, do sétimo grau para a oitava a distância é de um semitom.
Teoria Musical – Acordes
Agora que já entendemos bem sobre os intervalos e escalas, está na hora de vermos os acordes. Dentre os tópicos da teoria musical, este é um dos que parecem mais simples e fáceis, mas ainda assim é de grande importância.
Um acorde é a combinação de três ou mais sons. Se eu junto três notas, eu formo um acorde. Mas eu não posso fazer isso de uma maneira aleatória e juntar três notas quaisquer, que não vai sair um som muito bonito.
Para representar essas três notas, nós usamos uma coisa chamada de cifra. A cifra me indica quais as três notas que eu vou usar para um acorde.
Cada cifra é representada por uma letra, e corresponde a uma das sete notas musicais, como na imagem abaixo. Você pode ver que na nota Lá temos a letra A, e depois, as cifras seguem na ordem do alfabeto (B é Si, C é Dó, D é Ré, indo até a letra G, que corresponde à nota Sol).
E as cifras (portanto os acordes) recebem um nome e um sobrenome. Sempre que for somente a letra, o nome vai ser a nota e o sobrenome vai ser ‘Maior’. Ou seja, se você vir um ‘E’, você não chama de ‘E’, e sim de ‘Mi Maior’.
E tem também o sobrenome ‘Menor’, que é quando acrescentamos um ‘m’ minúsculo ao lado da cifra. Portanto um ‘Gm’ é um ‘Sol menor’, assim como um ‘Dm’ é um ‘Ré menor’.
Por que o Dó não é D, o Ré não é R, e assim por diante? Bem, esta nomenclatura não vem do português, foi sendo criada e adaptada ao longo dos anos, e chegou para nós já deste modo.
O que muda do acorde menor para o maior? O acorde básico, formado por três notas, tem a seguinte fórmula: Fundamental – Terça Relativa – Quinta Relativa. A fundamental é a nota que dá nome ao acorde, e portanto as outras duas são dispostas de acordo com a fundamental.
A grande diferença entre o acorde maior e menor é a terça. No acorde maior, a terça é maior, e no acorde menor, a terça é menor.
Para pôr em um exemplo prático, no acorde de Dó maior temos: Dó – Mi – Sol → Fundamental – Terça Maior – Quinta Justa.
Já no acorde menor, temos: Dó – Mi menor – Sol → Fundamental – Terça Menor – Quinta justa
E temos também outras variações de acordes.
Um acorde com a quinta aumentada – chamado acorde aumentado – possui a quinta, ao invés de justa, aumentada, ou seja, meio tom à frente. No caso de um acorde de Dó Maior, a quinta aumentada é um Sol sustenido:
Posso ter também um acorde menor com a 5ª diminuta – acorde diminuto -, onde temos também uma 3ª menor. Ficando assim: Dó – Mi bemol – Sol bemol.
Nas cifras online você pode encontrar o acorde diminuto com um “º” no lugar do “b5”
Dentre outras variações temos os acordes suspensos.
Aqui a diferença é onde seria o 3º grau. Você pode notar que no primeiro exemplo eu tenho uma 2ª maior (Ré) no lugar da 3ª relativa, assim como no segundo exemplo, onde eu tenho uma 4ª justa (Fá). Você pode literalmente chamar estes acordes de Dó sus 2 e Dó sus 4, claro, sempre mudando o nome de acordo com a fundamental.
Para ficar fácil de visualizar todas estas variações que vimos, temos o seguinte mapa:
Você nota o acorde maior no meio, e suas derivações de acordo com cada mudança. Estes são os mais comuns acordes na teoria musical, mas é legal saber que há diversas outras possibilidades que você pode fazer incluindo outras notas como as 9as, 11as, que vimos na seção de intervalo musical etc.
Teoria Musical – Campo Harmônico
Além de montar diferentes acordes, você pode pensar em cada grau individual da escala como um acorde. Este conjunto de acordes dentro de uma escala é o que chamamos de campo harmônico.
Na fundamental (1º grau), faço um acorde; no 2º grau, outro acorde; no 3º, mais um acorde, e assim em diante.
Definindo: o campo harmônico é quando eu tenho uma relação de sequência de acordes de acordo com uma escala.
Mas este acordes não são qualquer variação, e sempre respeitarão a fórmula e estrutura determinadas pela escala em questão.
Ou seja, no campo harmônico de uma música com a escala em Dó Maior, salvo as devidas exceções que a música nos dá de modo maravilhoso como “liberdade poética”, por assim dizer, o 2º grau (Ré) não deve ser um acorde diminuto, por exemplo.
A escala de Dó maior gera uma sequência de acordes; a escala de Ré maior gera uma outra sequência de acordes, e assim em diante. É importante notar que todas notas dos acordes que vêm desta sequência estão dentro da escala da nota fundamental.
E para apimentar um pouco aqui o nosso assunto, vou te dar um exemplo de campo harmônico completo, que inclui as tétrades. Lembra que o acorde é uma combinação de três ou mais sons? Pois é, se ele só possui três notas, é uma tríade, e se possui 4, passa a se chamar tétrade.
Para fins de esclarecimento, o ‘maj7’ indica que a quarta nota do acorde é o 7º grau maior, ou, mais popularmente, a sétima maior, enquanto os acordes sem o ‘maj’ são acordes com a sétima menor.
O importante aqui é notar os acordes menores e maiores, pois eles indicam a fórmula do campo harmônico. O primeiro grau sempre maior com sétima maior; o segundo, menor com sétima menor; 3º, menor com sétima menor; 4º, maior com sétima maior; 5º, maior com sétima menor; 6º, menor com sétima menor; e por fim, o 7º grau, menor com sétima menor e 5ª bemol.
Para a gente não ficar falando só de Dó, no campo harmônico da escala de Mi bemol maior você tem os seguintes acordes:
E você pode usar essa lógica do campo harmônico para qualquer escala, de qualquer nota.
Para finalizar esta nossa aula de teoria musical, vou te mostrar aqui como ficam os campos harmônicos de todas as escalas que vimos até agora:
Bastante coisa, né? O que eu recomendo é que você vá lendo aos poucos, relendo a lição e entendendo bem cada fundamento antes de partir para o próximo.
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Milo Andreo